domingo, 28 de fevereiro de 2010

O ROSACRUCISMO


A FRATERNIDADE ROSACRUZ


No mosteiro dos Albijenses, o filho mais novo do nobre Germelshausen, sem o ambiente castelão em que nasceu, privado dos carinhos da sua família que foi destroçada, no meio e homens de vida extremamente austera, não teve a infância de todas as crianças. Por isso a sua mente excepcional teve de centrar-se nas ideias que os monges tinham e viviam! No mosteiro aprendeu grego e latim. Muito jovem tinha formado com quatro monges um grupo que se dedicou ao estudo das ciências que se cultivavam no mosteiro e justificavam a sua existência. Mas era necessário ir às fontes dos conhecimentos que ali se estudavam e viviam.

Quando o jovem tinha quinze anos, o grupo deixou o mosteiro e iniciou sua marcha em direcção à Terra Santa. Para evitar suspeitas dos discípulos de S. Domingos não viajaram juntos. Em Chipre faleceu o velho monge que ia com Germelshausen. O jovem, porém, não desanimou e prosseguiu a viagem afrontando todos os inconvenientes e perigos. Em Damasco encontrou um Centro de Iniciação e aí ficou. Era o que pretendia: viver entre sábios. Poucos anos depois tinha atingido a graduação necessária e resolveu partir. De Damasco passou ao Egipto e deste país foi viajando pelo mediterrâneo até Fez. Daqui resolver passar a Espanha e juntar-se aos Alumbrados, que o receberam mas acharam os seus pontos de vista demasiado avançados, não o aceitando! A partir de Espanha, Germelshausen adoptou o nome simbólico de Cristão Rosacruz (Christian Rosencreuz).

Nesse tempo a "Santa Inquisição", fundada por S. Domingos para reduzir a cinzas todo aquele que ousasse perfilhar ideias diferentes das que eram impostas pelo Catolicismo, obrigou Cristão Rosacruz a abreviar a estadia em Espanha e França e a dirigir-se para a Turíngia, na Alemanha, sua pátria, regressando ao mosteiro albijense em que fora criado. Até hoje não foi possível determinar em que ponto de Espanha era a sede dos Alumbrados, que tiveram uma existência de séculos, tendo sido exterminados pela "Santa Inquisição", durante o século XVI.

Na Turíngia, Cristão Rosacruz foi encontrar os três antigos companheiros e com eles, mosteiro, estabeleceu a Fraternidade Rosacruz. Mais tarde foram admitidos novos membros ficando a Fraternidade com oito membros. Anos depois a Fraternidade Rosacruz tinha treze membros e não podia ultrapassar esse número. Estava estabelecida no estilo usado por Jesus: doze membros, simbolizando os doze signos do Zodíaco e o Sol, que formava o 13º.

Crê-se que os Iluminados (ou Alumbrados) se estabeleceram em Espanha durante invasão dos árabes. Admitimos, porém, que a sua existência é anterior, pois os Iluminados eram cristãos e os árabes não aceitavam organizações cristãs. E ao Catolicismo até o colectavam, em pé de igualdade com os estabelecimentos do comércio. O que dissemos a respeito dos cristãos primitivos, na crónica anterior, revela a existência de núcleos de nazarenos na Hispânia, muito particularmente na orla marítima, pois a Galiza foi colonizada pelos Fenícios e Gregos, entre os quais viriam nazarenos. daí as referências de S. Paulo à Espanha.

Convém não esquecer que os povos célticos, antigos povoadores de grande parte da península Hispânica, tinham usos e costumes tão semelhantes aos dos cristãos, que ao ser-lhes imposto o cristianismo, pelos Romanos, receberam-no sem resistência.

(Francisco Marques Rodrigues, Revista Rosacruz, nº 266, Outº-Dezº, 1977)


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

GIORDANO BRUNO - O MARTÍRIO DE UM SÁBIO


A execução do filósofo e cientista Giordano Bruno pelas chamas da Inquisição Romana no ano de 1600, foi um dos acontecimentos mais dramáticos da época do Renascimento. Para alguns representou o fim da tolerância da Igreja Católica para com a dissidência representada por alguns sábios, para outros foi o sinal do recomeço dos tempos obscurantistas que opuseram a fé contra a ciência num confronto que não teve mais fim.

"Ainda que isso seja verdade, não quero crê-lo; porque não é possível que esse infinito possa ser compreendido pela minha cabeça, nem digerido pelo meu estômago..."
Búrquio, num diálogo de G.Bruno, in"... do infinito, do universo e dos mundos", 1584.

A execução de Bruno

Era o dia 17 de fevereiro de 1600 quando o lúgubre cortejo saindo da prisão da Inquisição, ao lado da Igreja de São Pedro, seguiu pelas ruas de Roma até chegar no Campo dei Fiori, uma praça onde uma enorme pilha de lenhas amontoava-se ao redor de uma estaca fincada no terreno. Era a fogueira que iria abrasar vivo o filósofo Giordano Bruno. Trouxeram-no com uma mordaça na boca por temerem que ele pudesse dirigir algumas palavras perigosas ao povo que se juntava a sua passagem. Ao oferecerem-lhe o crucifixo para o beijo derradeiro, revirou os olhos. Em minutos, ao embalo das preces dos monges de San Giovanni Decollato, o verdugo jogou uma tocha na base da pira que, num instante, devorou-lhe as carnes. Estava feito.

Talvez, naquele instante derradeiro, ele recordasse as palavras que certa vez escrevera num momento de profunda melancolia: Vejam, prognosticou Bruno, o que acontece a este cidadão servidor do mundo que tem como o seu pai o Sol e a sua mãe a Terra, vejam como o mundo que ele ama acima de tudo o condena, o persegue e o fará desaparecer. Morto aos 52 anos de idade, tornou-se um mártir do livre-pensamento, e um símbolo da intolerância da Contra-Reforma liderada pela Igreja Católica.

O processo da Inquisição

Os agentes do Santo Ofício prenderam-no oito anos antes em Veneza, cidade onde o filósofo respondeu ao primeiro processo que a Inquisição lhe moveu. Sabe-se com detalhes deste episódio porque a documentação foi publicada em 1933, por Vicenzo Spampanato (*). Giordano Bruno, que há anos vivia no exterior, teria retornado à Itália em razão de um embuste. Uma dupla de livreiros, atendendo a um desejo de um nobre veneziano chamado Giovanni Mocenigo, ao encontrar Bruno na Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, em 1590, convidou-o para vir à cidade dos doges a pretexto de ensinar a mnemotécnica, a arte de desenvolver a memória (tida como atividade mágica, herética), na qual ele era um perito.

Uns tempos depois da sua volta à Itália, devido a um áspero desentendimento, Mocenigo trancou-o num quarto da sua mansão e chamou os agentes do tétrico tribunal inquisitorial para levarem-no preso, acusando-o de heresia. Encarceraram-no na prisão de San Castello no dia 26 de maio de 1592.

Na primeira vez em que o interrogaram, Bruno conciliou. De nada lhe serviu. Em seguida, o Santo Ofício de Roma, alegando soberania em casos de heresia, exigiu que o Doge, o governante de Veneza, mesmo a contragosto, lhe enviasse Bruno algemado. Enquanto não se deu o translado, além de terem-no torturado, colocaram-no num espantoso calabouço. Era um poço imundo, úmido e escuro como breu, cavado num porão a beira do canal. A viagem a Roma, ainda que a ferros, deve ter-lhe parecido um alivio.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Métodos de Extracção


Os egípcios foram os primeiros a destilar plantas com o intuito de extrair os seus óleos essenciais. Desde então, os métodos de extracção de óleos essenciais diversificaram-se e foram aperfeiçoados.

Os óleos essenciais provêem de diferentes partes das plantas: pétalas, raízes, caule, rebentos, sementes, seiva, folhas ou casca. Dependendo do tipo de planta em questão os óleos concentram-se num local distinto, pelo que o método de extracção ideal também varia em função da planta.

Os óleos essenciais caracterizam-se por serem extremamente voláteis, insolúveis na água e evaporarem muito rapidamente logo que expostos ao ar. Assim, pode tornar-se deveras complicado extrair os óleos essenciais antes de estes evaporarem. São vários os métodos de extracção existentes. Os industriais encontram-se bastante sofisticados, no entanto, existem diversos métodos de extracção caseiros que lhe permitirão obter as suas próprias essências.

Expressão a frio: trata-se de um método muito utilizado para a extracção de citrinos (como o limão, a laranja, a bergamota, a tangerina, a lima). Este método de extracção apresenta a vantagem de não submeter os óleos essenciais a temperaturas elevadas, porém estes entram em contacto com a água, pelo que se dissipam importantes componentes hidrossolúveis.Em casa pode simular este método, bastando para tal descascar os frutos e reservar a parte externa da casca, local onde se acumulam as essências. Posteriormente, corte as cascas em pedaços e coloque-as num pano de linho ou algodão. Depois, sobre uma tábua, triture-as tanto quanto possível. Por último, colha o líquido que escorre no pano para um pequeno frasco, que deve ser hermeticamente conservado e prontamente fechado para evitar a evaporação dos óleos essenciais.

Extracção com solventes: neste método são empregues solventes para extrair óleos essenciais, sendo particularmente utilizados em matérias orgânicas. A extracção com solventes compreende os seguintes métodos:

- Maceração: Para extrair as suas próprias essências em casa, utilizando este método, necessita de macerar num óleo as suas flores preferidas (jasmim, rosas, madressilva) até que este fique totalmente impregnado com o aroma das flores e de escolher um óleo veicular. Uma forma muito simples de o fazer consiste em colocar num recipiente de cobre 1 parte de pétalas de flores e 2 partes de um óleo (óleo de amêndoa ou girassol). Posteriormente, aquece-se esta infusão, lentamente, durante 3 horas. No final, filtram-se as flores, espremendo-as energicamente e reserva-se a solução resultante num local fresco, afastada do sol.

- Enfleurage: método tradicionalmente utilizado para extrair óleo essencial de flores delicadas como o jasmim e a rosa, que consiste em colocar camadas de pétalas sobre um vidro, cobertas com um óleo morno e muito gorduroso (antigamente utilizava-se banha de porco ou cera). Os vidros onde se encontram as rosas são, posteriormente, sobrepostos. No final de algumas semanas as flores começam a detiorar-se, sendo substituídas por flores frescas. A gordura que reveste as flores e absorve as suas essências é depois submetida a uma lavagem com álcool para que lhe sejam removidas as essências absorvidas. Porém, o álcool evapora-se, originando, deste modo, óleos essenciais muito concentrados, conhecidos como absolutos. Este é um método que exige muita diligência e elevados custos, mas que é bastante utilizado pelos produtores de perfumes.

- Extracção com dióxido de carbono: trata-se de um método recente, que emprega temperaturas mais baixas relativamente às da destilação, o que o torna num método menos agressivo para as plantas. Consiste em colocar as plantas num tanque de aço inoxidável, posteriormente injectado com dióxido de carbono, que aumenta a pressão do tanque. Quando submetido a altas pressões, o dióxido de carbono liquidifica-se, actuando como um solvente que permite extrair os óleos essenciais das plantas. Seguidamente, a pressão diminui e o dióxido de carbono volta ao estado gasoso, não deixando, assim, quaisquer vestígios.

Óleos Essenciais


Os Óleos Essenciais são substâncias líquidas extraídas das folhas, caules, raízes e madeira, que contêm aromas e outras propriedades terapêuticas.

Desde a Antiguidade que o Homem tem uma relação especial com as plantas aromáticas, tendo-as utilizado para a elaboração de remédios e perfumes. Conhecidas personalidades da História Universal, como Cleópatra, conheciam e tiravam proveito dos poderes curativos das plantas.

Depois de algum tempo na penumbra, a atenção dos cientistas voltou a centrar-se nas plantas, onde pensam poder encontrar a cura para muitas doenças até hoje consideradas incuráveis. Está, hoje, cientificamente provado que os Óleos Essenciais podem contribuir de uma forma muito positiva para o nosso bem-estar físico e emocional.

Existem formas muito simples de utilização dos óleos Essenciais:

Banho: os banhos aromáticos com óleos essenciais são altamente terapêuticos, particularmente no caso de lesões e dores musculares, fadiga e stress. São óptimos para aliviar as tensões da sua rotina, para libertar o espírito e relaxar. Escolha um óleo essencial da sua preferência e verta 3-6 gotas na água no banho. Se utilizar dois óleos essenciais verta 3 gotas de cada um, no máximo. Uma combinação muito simples e relaxante é composta por 3 gotas de alfazema e 3 gotas de sândalo. Os Óleos Essenciais não são solúveis na água, por isso antes de os verter na água do banho dissolva-os com um pouco de leite.

Inalação:este método é muito eficaz no que concerne ao alívio dos sintomas de constipação, gripe e sinusite. É também muito útil no alívio da tensão nervosa e de dores de cabeça. Num recipiente coloca água (muito quente, mas não a ferver) e 2 a 4 gotas de óleo essencial de eucalipto. Depois cubra a sua cabeça com uma toalha e inale o vapor aromático que exala da água durante 15 a 20 minutos.

Massagem: a massagem é muito eficaz no alívio do mau estar físico. Antes de utilizar qualquer óleo essencial numa massagem necessita de diluí-lo num óleo veicular (veja Óleos Veiculares). A maioria dos óleos essenciais não podem ser aplicados directamente sobre a pele, pois além de serem tóxicos, podem causar alergias, queimaduras e náuseas (veja Precauções). Ao massajar o corpo com óleos essenciais pode combinar eficazmente as suas propriedades terapêuticas com os efeitos benéficos da própria massagem. Para elaborar uma solução que lhe permita massajar todo o corpo dilua 10 gotas de óleo essencial em 20 ml (4 colheres de chá) de óleo veicular.

Compressas: as compressas aromáticas são muito eficazes no alívio de dores e na redução de inflamações. As de água fria são aconselhadas para dores de cabeça, febre, inflamações, queimaduras e entorses recentes. As de água morna ou quente acalmam as dores menstruais, dores de ouvidos, quistos, lesões antigas e dores musculares. Para utilizar este método aplique na zona afectada um pano ou gaze embebido numa mistura de óleo essencial, óleo veicular e água.



Perfumes


A palavra “perfume” vem dos étimos latinos “per fumum”, que significam “através do fumo”. Com efeito, as primeiras fragrâncias eram obtidas através do fumo, e utilizadas nos ritos de homenagem e oferendas aos deuses.


As origens do perfume misturam-se, assim, com a religião. O perfume foi inicialmente utilizado como purificante da alma e como objecto de oferendas feitas aos deuses. As civilizações egípcia, grega e romana valorizavam muito as plantas aromáticas.

No Egipto, as fragrâncias eram sagradas e acreditava-se que a sua utilização aproximava o ser humano dos deuses. Mais tarde, os gregos e romanos transformaram os perfumes em objectos de higiene pessoal.

Durante a Idade Média foram utilizados para combater a propagação de epidemias que então assolavam a Europa. Com o advento do Cristianismo o seu uso decresceu, pois era conotado com a falta de pudor. Ainda assim, o uso de perfume continuava a ser popular entre as classes mais favorecidas.

No século XVII, o uso de perfume aumentou. Na época, em França, celebrizou-se o uso de luvas perfumadas. Este país permaneceu, desde então, como centro europeu de pesquisas, fabrico e comércio de perfumes. No século I d.C. foi inventado o vidro, que permitia conservar o perfume em melhores condições. Até então, os perfumes eram guardados em garrafas de barro e estanho. Entre os finais do século XIX e os inícios do século XX começaram a ser fabricados requintados frascos para perfumes. Actualmente, o design dos frascos faz parte do marketing da indústria dos perfumes.

- Cítricos: obtidos a partir da casca de frutas como a bergamota, a tangerina, o limão e a laranja.
- Florais: agrupa perfumes cujo tema principal é a flor: bouquet floral, floral verde, floral aldeídico, floral amadeirado, entre outros.
- Filifolhas: perfumes com notas de lavanda, bergamota e gerânio.
- Chipre: família que agrupa perfumes baseados principalmente nos acordes do patchouli, da bergamota e da rosa.
- Amadeirados: inclui perfumes com notas suaves como o sândalo e o patchouli, algumas vezes secas como o cedro e o vetiver, outras com notas de lavanda e cítricas.
- Âmbar: deste grupo fazem parte os perfumes com notas suaves e abaunilhadas, conhecidos como orientais.
- Couro: perfumes muito peculiares, com notas secas, que tentam reproduzir o odor característico do couro, da madeira queimada e do tabaco.

A indústria de perfumes utiliza actualmente um vasto e diverso número de matérias-primas. A raridade das espécies utilizadas, a morosidade dos processos de elaboração das essências e a elevada quantidade de matéria-prima necessária tornam os óleos essenciais muito dispendiosos. O óleo mais utilizado pela perfumaria, e também o mais caro, é o óleo de rosas. São necessárias 2 toneladas de pétalas frescas, em plena florescência, para produzir apenas 1Kg de óleo essencial de rosas!



domingo, 29 de novembro de 2009

O Pai Nosso Templário

SENHOR, perdoa-me se não rezo a oração que teu filho nos ensinou, pois julgo-me indigno de tão bela mensagem. Refleti sobre esta oração e cheguei às seguintes conclusões:

Para dizer o PAI NOSSO, antes devo considerar todos os homens, independentemente de sua cor, raça, religião, posição social ou política, como meus irmãos, pois eles também são teus filhos; devo amar e proteger a natureza e os animais, pois se tu és meu pai, também és meu criador, e quem criou a mim, também criou a natureza.

Para dizer QUE ESTAIS NO CÉU, devo antes fazer uma profunda análise em minha consciência, procurando lembrar-me de quantas vezes te julguei como um celestial pai, pois, na realidade, sempre vivi me preocupando com coisas materiais.

Para dizer SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME, devo antes verificar se não cometi sortilégios ao adorar outros deuses até acima de ti.

Para dizer VENHA À NÓS O VOSSO REINO, devo antes examinar minha consciência e procurar saber se não digo isto apenas por egoísmo, querendo de ti tudo, sem nada dar em troca.

Para dizer SEJA FEITA A VOSSA VONTADE, devo antes buscar meu verdadeiro Ser e deixar de ser um falso Cristão, pois a tua vontade é a união fraternal de todos os seres que criaste.

Para dizer ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU, devo antes deixar de ser mundano e me livrar dos desenfreados prazeres, das orgias, do orgulho e do egoísmo.

Para dizer O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE, devo antes repartir o pão que me destes com os meus irmãos mais carentes e necessitados, pois é dando que se recebe; é amando que se é amado.

Para dizer PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS, ASSIM COMO TEMOS PERDOADO À QUEM NOS TEM OFENDIDO, devo antes verificar se alguma vez tornei a estender a minha mão aquele que me traiu; se alimentei àquele que me tirou o pão; se dei esperanças e acalentei àquele que me fez chorar; pois só assim terei perdoado àquele que me ofendeu.

Para dizer E NÃO NOS DEIXAI CAIR EM TENTAÇÃO, MAS LIVRA-NOS DO MAL, devo antes deixar limpo o foco de meus pensamentos; amparar a mão estendida; socorrer o pedido de aflição; alimentar a boca faminta; iluminar os cegos e amparar os aleijados, ajudando a construção de um mundo melhor.

E final mente, para dizer AMÉM, deverei fazer tudo isso agradecendo ao meu Criador, cada segundo de minha vida, como a maior dádiva que poderia receber. No entanto Senhor, embora procure assim proceder, ainda não me julgo suficientemente forte, no intuito de tudo isto te prometer e cumprir. Perdoa-me, Senhor meu Pai, porém minha perfeição a tanto ainda não chegou.

sábado, 31 de outubro de 2009

ESTUDO SOBRE V.I.T.R.I.O.L.

No ritual da Iniciação maçónica, templária, rosacruz ou outra do género (consignada pela Tradição Hermética das Idades), o neófito/aprendiz em dado momento se vê confrontado em sua "câmara de reflexão" face à expressão V.I.T.R.I.O.L. e frequentemente não tem a menor ideia do que se trata.

A Pedra Filosofal dos antigos alquimistas leva ao entendimento de que a palavra em si não é outra coisa senão a profunda descoberta de si mesmo, na solidão no seio da Terra, ou, doutro modo, é o símbolo universal da constante busca do homem para melhorar a si mesmo e à Sociedade em geral.

Efectivamente a palavra VITRIOL, que se escreve com 7 letras, é a frase mais misteriosa e secreta que se conhece, a verdadeira Palavra-Passe ou o "Ábre-te Sésamo" para o Mundo Oculto dos Deuses ou dos Homens Semi-Deuses, e cujo sentido real e profundo até hoje não foi decifrado senão por Aqueles que têm o direito a adentrar o mais sublime de todos os Tabernáculos localizado no interior da Terra.

“VISITA INTERIOREM TERRAE RECTIFICANDOQUE INVENIES OCCULTUM LAPIDEM”, ou seja, Visita o Interior da Terra Rectificando Encontrarás a Pedra Oculta.

A "pedra oculta" é a PEDRA DO SÁBIO que se pode transformar na PEDRA FILOSOFAL, a pérola da Filosofia Divina, e é esta que torna o homem num ser sublime, mais evoluido, justo e perfeito, no trajecto da Vida Universal. Tal é o objectivo do verdadeiro iniciado (Maçon, Templário, Rosacruz ou outro) que busca o conhecimento Sagrado e Divino. Porém...

«Hoje não conheceis mais a "palavra-passe" egípcia, que era pronunciada à entrada do Templo. Susbstitui-a, pois, aquela outra latina, que prova estar em justo e perfeito equilíbrio com o Templo, como o obreiro ou o construtor do Edifício Humano. Sim, estar JUSTUS ET PERFECTUS. A mão direita e o pé do mesmo lado firmavam na Terra o Compasso e o Esquadro, além do mais para dignificar também o "Quaternáreo Terreno". Este está representado na Tragédia do Golgota - nas 4 letras JNRJ que não quer dizer apenas JESUS NAZARENUS REX JUDEORUM, enquanto o indeformável Triângulo que figura no Templo Maçónico está no mesmo "Corpo Eucarístico" de Jesus, representado pelas 3 letras J.H.S. entre os 'dois ladrões' onde foi crucificado, ladeado por “Duas Colunas” vivas, Jakim e Bohaz, cujas iniciais J e B também figuravam nas duas cidades onde o mesmo Jesus nasceu e morreu: Belém e Jerusalém. São ainda as mesmas iniciais de João Baptista (seu Arauto ou Anunciador JOKANAN). Quanto ao termo "João Baptista" - hoje com significado mais misterioso do que outrora e relacionado com o Culto de Melkisedeque -, cumpre esclarecer que se acha estreitamente ligado ao Rito ADONHIRAMITA de Adam, Hiram, e Ita, Mita ou Mitra». ( In "Dogma e Ritual da Igreja e da Maçonaria" de Dr. Victor Manuel Adrião).

Por fim, a palavra VITRIOL não só simboliza a constante busca do homem para melhorar a si mesmo, polindo a “pedra bruta” da personalidade humana (o seu ego-inferior) para que um dia brilhe a sua Individualidade (o Eu Superior) que surge como um diamante diáfamo pela limpeza da alma ou pureza em seu coração (chakra cardíaco ou plexo-solar). A palavra V.I.T.R.I.O.L. vai além do trabalho do homem sobre si mesmo, e significa também um Lugar Oculto no Interior da Terra, que é conhecido há milhares de anos pelos Lamas Tibetanos e Mestres Hindus ou Brahmanes como o Reino de Agharta (AG - Fogo; HARTA - Coração = Coração de Fogo), onde vive uma Civilização avançada em milhares de anos, sob um Sol Central que ilumina Shamballah, a "Shangri-lá, a Morada Eterna do Rei do Mundo, onde vivem os Santos e Sábios Homens que de tempos a tempos surgem na superfície para instruir a Humanidade.